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CICLO DE VIDA JUDAICO

Começamos e terminamos nossas vidas imersos em dois mistérios: nascimento e morte. Para estes e os demais momentos significativos que compreendem a vida, o judaísmo tem uma maneira de reconhecê-los e vivê-los: o modo de vida judaico.
Uma vida judaica enfatiza o lar, visto como um santuário, e a família. Ambos constituem, junto à sinagoga, o enfoque central da vida judaica: cada rito judaico tem um componente que é realizado no lar, na família, e um que se realiza na sinagoga. Alguns feriados são celebrados quase que exclusivamente no lar; outras, como Iom Kipur, ocorrem principalmente na sinagoga e na comunidade. Se há um símbolo universal do judaísmo, este é a mezuzá, que assinala que, na casa em cuja porta está colocada, vivem judeus.
A destruição do Templo de Jerusalém (586 A.E.C.) colocou em marcha a existência da Diáspora: uma cultura sem civilização ou pátria própria. A vida judaica foi descentralizada. O lar e a sinagoga foram elevados à condição de pilares de coesão da comunidade judaica e perpetuaram, através dos rituais que reconhecem o ciclo da vida, a cultura judaica.

 

brit milah

É praticada nos meninos aos oitos dias de idade, salvo em casos onde haja prescrição médica adiando a prática. Ela é feita por um mohel (circuncisador ritual), acompanhado das preces e bençãos propícias, preferencialmente proferidas por um Rabino. Ela é obrigatória para os homens que se convertem.

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simchat bat

Na tradição judaica dá-se o nome às meninas recém nascidas na sinagoga, através de uma aliá à Torá de seus pais; na Beit Midrash Yirat Elohim, normalmente no shacharit de shabat (sábado pela manhã). Nesta oportunidade festiva o Rabino ou o oficiante anuncia para a congregação o nome hebraico escolhido pelo casal para sua filha e estende uma benção para a criança e sua família.

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bar e bat mitzvah

A maioridade religiosa – aos 13 anos para os meninos e 12 anos para as meninas – dá lugar a uma celebração litúrgica para a qual os jovens se preparam cuidadosamente, através de estudo, tanto da leitura da Parashá, da Haftará como das demais partes do serviço religioso. Além disso a preparação inclui aprofundamento em história, costumes e filosofia judaicos. Havendo necessidade a Beit Midrash Yirat Elohim também promove a alfabetização em hebraico.

Meninos e meninas celebram seu Bar e Bat Mitsvá da mesma maneira: participação nos serviços ao lado dos rabinos e dos chazanim, leitura da Torá, leitura da Haftará e apresentação de uma drashá (comentário) pessoal sobre a porção semanal.

Todos os meninos, e as meninas que o quiserem, também colocam tefilin pela primeira vez anteriormente ao seu Bar / Bat Mitzvá.

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casamento religioso

De forma coerente com o princípio igualitário que norteia a Beit Midrash Yirat Elohim, as cerimônias de casamento que realizamos colocam o homem e a mulher no mesmo nível. Ambos devem manifestar seu desejo em se unir ao outro e assumem em uníssono o compromisso de construir um lar e uma família judia.

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divórcio religioso

Além do divórcio civil exigimos o guet (ata de divórcio religioso) para realizar novo casamento na Beit Midrash Yirat Elohim. A redação desta ata e sua entrega não dão lugar a qualquer discriminação: homem e mulher o assinam igualmente. Nenhum dos cônjuges pode obstruir sua entrega quando o divórcio civil foi devidamente registrado.

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conversão

Abrimos nossos braços para aceitar todos os que sinceramente desejam se tornar judeus, seguindo os preceitos judaicos de vida e integrando-se à nossa comunidade.
Promovemos uma preparação séria para este importante passo, num programa que comporta cinco horas de aulas semanais durante pelo menos doze meses, entrevistas regulares com os Rabinos, presença assídua nos serviços religiosos, nas festas e nos eventos da comunidade. Encorajamos a participação do cônjuge judeu (se houver) ou do noivo/a judeu (se houver) no processo, com a intenção de equalizar a vivência do casal.

Formamos um beit din (tribunal rabínico), do qual participa o Rabino da Beit Midrash Yirat Elohim e de outras congregações para avaliar os candidatos e outorgar a conversão. A circuncisão é exigida para o homem assim como o banho ritual (mikvá) tanto para o homem quanto para a mulher.

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luto

O período de luto, segundo a tradição judaica, divide-se em três partes: a primeira semana, o primeiro mês e o primeiro ano.
Shivá

Durante a primeira semana, os enlutados proferem orações diárias em memória do/a falecido/a que podem ser realizadas na residência do/a próprio/a ou na Sinagoga. Nesta hora de pesar e tristeza, a Beit Midrash Yirat Elohim se solidariza com a família enlutada e se une às preces e homenagens, dirigidas por um dos chazanim. No caso das rezas virem a ser realizadas na casa do/a falecido/a, livros de orações e kipot serão enviados pela Beit Midrash Yirat Elohim. Por ocasião do serviço de Kabalat Shabat subsequente ao falecimento, o nome do/a falecido/a é lembrado antes da recitação do kadish.

Durante o período, familiares e amigos costumam visitar os enlutados, trazendo-lhes conforto e carinho, ajudando-os a ultrapassar o difícil momento que estão vivendo e participar das orações.

A primeira semana é encerrada com o ato simbólico de “levantar da shivá”, sair do luto e voltar à vida, com assistência espiritual da Beit Midrash Yirat Elohim.
Shloshim

Ao longo do primeiro mês do luto, os enlutados continuam proferindo orações diárias em memória do ente querido, na sinagoga. Ao término do primeiro mês é programada, de comum acordo entre os familiares e a Beit Midrash Yirat Elohim, a Cerimônia de Shloshim (30 dias).
1ª ano

O mesmo procedimento é adotado durante todo o primeiro ano do falecimento de parente próximo – pai, mãe, irmão/a, cônjuge, filho/a – encerrando-se o período de luto com o Iartseit – aniversário de falecimento.
Matseivá

No intervalo entre o 1º e o 11º meses, providencia-se a matseivá – lápide tumular, devendo os familiares, de acordo com as regras do cemitério, definir o tipo de material e os dizeres a ser gravados na lápide. Em data a ser definida de comum acordo entre os familiares e a Beit Midrash Yirat Elohim, será procedida a descoberta da matseivá, cerimônia realizada no cemitério com a presença de parentes e amigos.

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iartseit

O Iartseit – aniversário de falecimento – é lembrado anualmente pelos parentes próximos do/a falecido/a, na data judaica do falecimento, com oração proferida na sinagoga por ocasião do miniam vespertino. O Rabino da Beit Midrash Yirat Elohim emite correspondência específica comunicando a data.
Homenagem à memória – “Iartsait” ou “Iurtsait”

O termo “Jahrzeit” (originário do alemão, pronunciado iartsait) ou “Iurtsait” (originário do ídish) significa tempo de um ano e marca a data de falecimento de um ente querido.

É costume acender uma vela em lembrança a esta data, que deve permanecer acesa do pôr-do-sol da véspera até o pôr-do-sol do dia seguinte, conforme o dia pelo calendário hebraico. Quando o Iartsait coincide com Shabat ou Chag (Festa), a vela em recordação deve ser acesa antes da vela do Shabat ou do Chag. Não há nenhuma reza ou benção especial para ser recitada, mas usa-se meditar brevemente sobre o ente querido, de modo silencioso ou em voz alta.

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